quinta-feira, 21 novembro, 2024
Buzão de Tinguá

A Semana das Artes em Tinguá

Do dia 15 ao dia 17 de novembro aconteceu o evento Semana das Artes em Tinguá, que reuniu mais de 100 artistas de Nova Iguaçu e as principais lideranças culturais da Baixada Fluminense. Este evento mostrou sua importância para a cidade de duas formas significativas, a primeira é pela união mostrada pelos artistas da região mesmo em toda sua diversidade cultural e geracional, a segunda é pela capacidade de mobilização da equipe que produziu o evento, que contou com a coordenação geral da Gisela de Jesus Barros, produção executiva de Anderson Leite Lima e produção de arte do incansável Marcelo Peregrino, que literalmente jogou nas onze posições possíveis.

A equipe era muito grande, dezenas ocupavam a Praça de Tinguá junto com os artistas, que coloriam todos os cantos com a blusa oficial do evento. As atividades aconteciam de forma sincronizada, mostrando uma organização muito profissional por parte dos produtores. Com certeza isso tudo resultou na fala do Secretário de Cultura de Nova Iguaçu, Wagner D’Almeida, informando que o evento entrou para o calendário da cidade de Nova Iguaçu, segundo ele, palavras do Prefeito.

Dudu de Morro Agudo
Dudu de Morro Agudo

O hip hop se fez presente através do rapper Dudu de Morro Agudo, que fez um show solo no sábado, onde pela primeira vez cantou o funk carioca “Eu só quero é ser feliz” em seu show, agradando ao público que o acompanhou.

DMA também contou com a participação da MC Rebeca Duarte, filha de seu camarada Fábio Batista, que cantou a música Falcão, do MV Bill. O que impressionou DMA, é que a menina deve ter uns dez anos de idade e é fã do grupo Facção Central.

Outra presença marcante do hip hop da Baixada Fluminense foi do MC Slow da BF, que fez oficina da palavra a tarde e logo depois do DMA se apresentou com um show recheado de improviso, onde também cantou a música que compôs em sua oficina.

O evento foi completo, teve poesia, lançamento de livro, dança árabe, chorinho, reagge, forró, rap, MPB, teatro, capoeira e etc…, teve a marcante presença de poetas como Heraldo HB, Ivone Landin, Marcio Rufino, Camila Senna, Moduan Matus, Sil, Jorge Cardozo, entre muitos outros.

O que nos resta é aguardar o próximo ano chegar.

Um pouco sobre Tinguá

O bairro de Tinguá fica a cerca de 26 kilômetros do Centro de Nova Iguaçu, é um dos bairros em que se divide o município de Nova Iguaçu. Teve grande importância durante o século XIX por causa da estação de mesmo nome do bairro fundada em 1883 e desativada em 1964.

Antes de Nova Iguaçu virar município, em 1833, o ponto mais movimentado do lugarejo ficava nos arredores de Tinguá. Lá se localizava o porto da Vila de Iguaçu, por onde escoava a produção dos fazendeiros locais – citricultores e cafeicultores, em sua maioria.

É comum o turismo ecológico na região, onde se oferece tanto lazer diurno como pernoite, como caminhadas pela mata atlântica, passeios a cavalo, trilha de mountain bike e rapel em cachoeira.

Em 1989, foi criada a Reserva Biológica de Tinguá. Nos seus 26 mil hectares de Mata Atlântica, localizados entre a Zona Metropolitana e a Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, está a maior parte das quedas d`água da região.

Sobre Instituto Enraizados

O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, nossa "rede" integra hoje 17 organizações que compartilham conhecimento, capacitação e articulação para militância cultural nas periferias dos grandes centros. Lutamos pelo acesso a produção, a expressão e a valorização das diferentes manifestações culturais, fortalecendo o ativismo cultural e o protagonismo juvenil. O hip hop, o audiovisual, as rádios comunitárias e a produção de mídias são elementos que formam e fortalecem a ajuda mútua dos jovens envolvidos.

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De Jay-Z a Palmares: As histórias por trás do “Galo de Luta”

Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como "Galo de Luta", compartilha sua jornada desde a infância até se tornar um ativista e artista de rap. Inicialmente apelidado de "Sete Galo" devido à famosa moto CBX 750, sua vida foi marcada por desafios e confrontos com a realidade da periferia. Inspirado por figuras como Mano Brown e Malcolm X, Paulo encontrou no rap e na leitura uma maneira de expressar suas ideias e buscar uma transformação pessoal e social. Apesar das dificuldades, sua busca por identidade e consciência o levou a se tornar o "Galo de Luta", um símbolo de resistência e luta por justiça social.

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