domingo, 22 dezembro, 2024

Brasil, uma nação carente de Rivotril

Bem meu povo, encerrado mais um pleito, que com certeza escreveu seu nome na história desse país, o que parecia uma rivalidade típica de futebol, acabou se mostrando uma verdadeira “porradologia”, em qualquer lugar que se ia, desde a condução superlotada, fila de supermercado, e até no lugar mais democrático do mundo, que são os botequins “pé sujo”, os pudins de cachaça ficavam se degladiando como verdadeiros doutores em política.

Tinha um que dizia a plenos pulmões, “Se me chamar de nordestino analfabeto eu meto a faca no bucho”, e o outro retrucava, “Tu gosta de viver é de esmola, cabra safado, mas trabalhar tu não que não né?”, e dentro do ônibus uma senhora dizia:“não sei em quem votar, mas o que der mais porrada no último debate, leva meu voto”, mas isso não se resume só ao povão não, vi muito pseudo intelectual falando merda, sem ter base nenhuma para seu comentário.

E as redes sociais, ahh, as redes, nada melhor que elas para externar toda essa loucura e angústia que estava acumulada dentro do peito, desde a cagada da seleção na copa, pessoas que nunca tinham comentado uma vírgula sobre política, criavam um verdadeiro show tosco, com os comentários mais insanos possíveis.

Basta lembrar do quadro que se formou na Câmara e Senado, e nas Assembleias Legislativas, tem de tudo: Tem: Ladrão (*isso já sabemos), ditador, pastor 171, xenófobo, racista, homofóbico, machista, parece uma festinha na casa do capiroto.

E para piorar as pessoas estão se desentendendo seriamente a ponto de romper relações de amizade, isso para mim só tem uma leitura, grande parte da nação não, consegue expor o que pensa, mas elege pessoas que levantam essas bandeiras, já se fala novamente em governo militar, separação da nação, isso só acentua uma muralha, mas que agora ficou bem clara que é a guerra de classes, e o mais louco disso tudo é que muita gente da periferia sustenta esse discurso, e nem sabe o porquê, precisamos levar em pauta as discussões sim, botar o país para acelerar e não ficar torcendo contra querendo que tudo se afunde, quem não tiver satisfeito faça como o Cuzão (ou melhor, Lobão) , e meta o pé do país, o que não pode é ficar alimentando um ódio que sempre existiu nas entrelinhas, mas que só estava esperando uma oportunidade para aflorar, então galera: Vamos parar com a frescura, e vamos trabalhar, propor melhorias, e criticar quando for preciso, porque os coxinhas, já estão com o rabo cheio de grana, e para lembrar, sou nordestino, e quem vier de sacanagem, vai ter que entrar no ringue comigo.

Sobre Samuca Azevedo

O coteúdo deste texto não reflete a opinião do Portal Enraizados ou do Instituto Enraizados, e é de inteira responsabilidade do autor. Samuel Azevedo é ator e produtor cultural, atualmente é Presidente do Instituto Enraizados.

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