Um ano após o advento de junho de 2013, chegamos às eleições. Para muitos, o dia 05 de outubro seria o dia em que mudaríamos o futuro do Brasil; ou para melhor ou para pior.
Esse clichê de que o destino do país está condicionado às urnas, penso eu, é uma grande falácia. Não amigos, no dia 05 de outubro não decidimos o futuro do Brasil, nem mesmo no dia 26, quando teremos o segundo turno. Votar é apenas um passo.
Não temos nenhum candidato messiânico que solucionará todos os problemas da nação. A mudança é feita no coletivo. Nossa democracia representativa nos lobotomizou (ou fomos lobotomizados). Achamos que dez segundos diante de uma urna é tudo que devemos fazer. Absurdo!
É preciso ir além.
No dia 05 foi o que iniciamos um contrato de experiência com nossos representantes. Se eles ficarem aquém do esperado, devemos demiti-los, e não precisamos esperar quatro anos para isso. Exercemos nosso direito. Façamos barulho. Contudo, não adianta ir para as ruas e depois reeleger fichas sujas e descendentes dos velhos coronéis, como no caso do Rio, onde Pezão, vice do Cabral durante quase oito anos, segue liderando as pesquisas.
O problema é que somos péssimos patrões. Não sabemos cobrar e tão pouco acompanhar nossos empregados. Vivemos a embriaguez do sucesso, suportando tudo a base de pão e circo.
Então, caro leitor, entendamos que a eleição é apenas um importante passo para dias melhores, mas sua responsabilidade não se encerra nas urnas. Se você não fiscalizar o empregado, depois não vai adiantar reclamar do prejuízo ao seu bolso.
Vote consciente.
Marcello Vieira