Dizem não serem influenciados, porque não assistem a Globo, não leem a Veja, etc.
No entanto, “curtem”, “comentam” e “compartilham” toda a informação desencontrada do Facebook.
Lembro quando o IPEA divulgou uma pesquisa afirmando que 65% dos homens brasileiros concordavam que mulheres que usavam roupas sensuais mereciam ser estupradas. De cara discordei, pois não podia admitir que quase sete em cada dez dos meus parentes e amigos são potenciais estupradores. Ao expor minha discordância fui taxado de machista, ingênuo, etc. Até que o IPEA assumiu que estava errado e o percentual correto era de 26%.
Nos últimos dias estão acusando o José júnior e o Ed Motta, baseando-se em afirmações deles usadas fora de contexto. Seguem a mesma mecânica de “curtir”, “comentar” e “compartilhar” sem pesquisar o assunto em questão. Parece que eles não percebem que coincidentemente essas acusações sempre pairam sobre os pretos, como ocorreu com o Wilson Simonal que foi acusado de trabalhar para a ditadura delatando os outros, detalhe, isso nunca foi provado, mas acabou com a carreira do mesmo.
Artur da Távola deixou uma frase que sintetiza isso: “tomam o indício como sintoma, o sintoma como fato, o fato como julgamento, o julgamento como condenação e a condenação como linchamento”.