Há um discurso no mínimo estúpido na boca de certos militantes de algumas causas: “Não quero que ninguém fale por mim!”.
Ora, esse “falar por mim”, que esses extremistas abominam nada tem haver com cercear direito de fala, e sim com a ideia de que, só quem sofre um desrespeito tem propriedade para opor-se verbalmente a ele.
“Falar junto”, não é “falar por”. E por que não “falar por”? Se quem tem “mais propriedade” para falar não estiver presente.
Se um homem favorável à causa das mulheres ouvir um comentário machista numa roda de amigos, ele deve se omitir?
Se uma mulher branca favorável à causa dos pretos presenciar um ato de racismo contra alguém sem argumentos para se defender, ela deve se omitir?.
Como disse Edmund Burke:
“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.”
O triunfo do mal! Será que é isso que eles querem?