quinta-feira, 26 dezembro, 2024

Por que um Fórum de Hip Hop da Baixada?

E aê galeraaaaa!!! De volta com minha coluna no Portal Enraizados e trazendo um tema bastante relevante para quem é do hip hop e principalmente pra quem faz parte da cena na Baixada Fluminense.

Eu e um grupos de artistas e profissionais do hip hop consideramos importante pensar numa forma de reunir as diferentes cabeças que estão fazendo e pensando o hip hop na região, para nos conhecermos e entendermos o que estamos fazendo neste momento e no que pensamos para o futuro.

Surgiu então a ideia do Fórum de Hip Hop da Baixada Fluminense.

Mas antes de falarmos pra que é o Fórum, precisamos entender O QUE É um Fórum. Certo?

O Fórum nada mais é do que uma reunião sobre tema específico ou para debate público.

HipHop Conhecimento
Hip Hop Conhecimento (Nova Iguaçu – RJ)

No nosso caso, vamos falar sobre a cultura hip hop na região, que na minha opinião é um tema bastante amplo e complexo, por isso precisamos entender quais são nossas maiores necessidades e como podemos nos ajudar, por que a cena está crescendo bastante na região e de forma desordenada, a ponto de haver centenas de artistas, produtores e profissionais diversos (fotógrafos, beatmakers, cineastas…), eventos, etc… e nós mesmos não sabermos quem somos, pois essas infos não circulam de forma eficiente, não há mapeamento efetivo, então não há uma rede a ponto que possamos colher os frutos que nós mesmos plantamos no decorrer dos anos, e se a gente não colher, alguém vai colher assim que enxergar a potencialidade do movimento.

Batida e Rimas
Batidas e Rimas (Queimados – RJ)

Afim de exemplificar podemos nos ajudar a produzir melhor nossos eventos, pois existem muitos produtores extremamente experientes na cena, como Romildo Tamujunto (Batidas & Rimas – Queimados), DMT (Musicação na Pista – Nova Iguaçu), Diego Tecnykko (Cypher de Rua – Duque de Caxias), Rodrigo Caetano (Beco Festival – Nova Iguaçu), Kajaman (MOF – Duque de Caxias), Saquarema (Roda Cultura de São João – São João de Meriti) entre muitos outros que talvez eu não conheça, mas tenho certeza que vocês conhecem, e são verdadeiros professores dessa matéria, e o mais interessante é a troca que poderá haver, podendo inclusive melhorar o projeto pessoal de cada um e gerar mais renda para a cena.

MOF
Meeting Of Favela (Duque de Caxias – RJ)

Eu posso contribuir com produção cultural e empreendedorismo, Wesley Brasil com comunicação, Gustavo Baltar com design, e você, pode contribuir com o que? O que você gostaria de discutir?

Outros temas relevantes para o nosso convívio social também devem ser abordados, como por exemplo: Qual a posição do hip hop da região sobre o machismo? Tem um monte de moleque vacilando e vestindo a camisa do hip hop.

Musicacao
DMT – Musicação na Pista (Nova Iguaçu-RJ)

Precisamos conversar sobre racismo, segurança pública, homofobia e o que mais decidirmos ser necessário e relevante, sem esquecer da política, pois em outubro teremos eleições municipais e o hip hop precisa se posicionar e depois acompanhar e fazer as cobranças. Sem estarmos organizados nunca saberemos quantos somos, o que fazemos e o mais importante, o que podemos fazer juntos, isto é, sem nos organizarmos não temos força política e consequentemente nada muda. Isso é fato. Até quando vamos ficar nas sombras reclamando?

São muitas coisas pra discutir, mas precisamos começar, por isso já marcamos a nossa primeira reunião para o próximo dia 01 de junho, no Buteco da Juliana, em Morro Agudo, Nova Iguaçu, às 19 horas e é super importante a presença de todos e todas para construirmos juntos esse novo momento.

E aê, posso contar com você?

MAIS INFOS
https://www.facebook.com/events/831143577016153/
(
21)9.6563-0554

Sobre Dudu de Morro Agudo

Rapper, educador popular, produtor cultural, escritor, mestre e doutorando em Educação (UFF). Dudu de Morro Agudo lançou os discos "Rolo Compressor" (2010) e "O Dever Me Chama" (2018); é autor do livro "Enraizados: Os Híbridos Glocais"; Diretor dos documentários "Mães do Hip Hop" (2010) e "O Custo da Oportunidade" (2017). Atualmente atua como diretor geral do Instituto Enraizados; CEO da Hulle Brasil; coordenador do Curso Popular Enraizados.

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