Alexandre de Maio é muito conhecido e respeitado dentro e fora do mundo hip hop por ter sido o idealizador da primeira revista de hip hop do Brasil, a Revista Rap Brasil, que publicou mais de 180 títulos distribuídos em mais de 2 milhões de exemplares, em cerca de 10 anos. Por conta deste trabalho tem uma forte influência na cultura hip hop e conexão com seus principais artistas.
Nos últimos anos trabalhou em importantes publicações como a “Revista Raça” e a o jornal “Folha de São Paulo”, e se destacou nacionalmente como “Jornalista em Quadrinhos”, sendo indicado a diversos prêmios e ganhado o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo (ANDI) produzindo a matéria “Meninas em Jogo”, sobre a exploração sexual infantil, em Fortaleza, para o site Agência Pública. Atualmente, entre outras atribuições, é responsável pela parte tecnológica do Portal Catraca Livre.
A parceria com o rapper Dudu de Morro Agudo ultrapassa uma década. Alexandre foi o responsável pela identidade visual do primeiro disco do rapper, intitulado Rolo Compressor, além de ter registrado a evolução do Movimento Enraizados (hoje Instituto Enraizados) através de matérias na revista Rap Brasil e alguns artigos na Revista Raça. No ano de 2010, se deslocava semanalmente de São Paulo para o Rio de Janeiro para ministrar um curso de videorreportagem para jovens do Movimento Enraizados, em Morro Agudo.
Agora Alexandre de Maio resolveu transformar parte da história do rapper em quadrinhos – a partir da criação do Sarau Poetas Compulsivos – que será publicado no livro “Je suis Rio” com lançamento previsto para este ano, na França.
Confira a entrevista exclusiva com Alexandre de Maio
Como surgiu o convite para fazer o livro ‘Je suis Rio’?
Alexandre de Maio – Eu lancei a tradução do meu livro em quadrinhos Desterro pela mesmo editora o ano passado, e conhecendo minha ligação com a história dos Saraus, surgiu o convite.
Quem convidou?
Alexandre de Maio – O convite veio por indicação do Ferréz e foi feito pela editora a Paula Salnot.
Faz parte de um projeto maior ou é uma edição única?
Alexandre de Maio – Eles já lançaram a um tempo atrás o “Je suis Favela” e agora veio a ideia do “Je suis Rio” e a editora Anacaona é especializada em publicar literatura marginal brasileira na França, já publicou Paulo Lins, Ferréz e Marcelino Freire.
Porque você decidiu conectar o surgimento dos saraus com segurança pública no Rio de Janeiro?
Alexandre de Maio – Como acompanhei esse aumento de violência na Baixada, eu já estava querendo fazer essa pauta faz tempo, quando veio o convite para falar sobre os saraus, acabei pensando em mostrar a criação de um sarau, aí pensei que o Poetas Compulsivos, pois era o sarau mais novo que vi nascer, mas propus fazer uma pauta separada sobre a violência. Mas aí olhando para a pauta vi que o sarau nascendo na Baixada dava para conectar as duas pautas e tinha muito a ver.
Porque Dudu de Morro Agudo como personagem principal?
Alexandre de Maio – Porque ele era essa ponte entre todos esses assuntos. Nascimento do movimento dos saraus, criação de um novo sarau, violência na Baixada e ainda tinha uma conexão com a França, já que o livro só vai ser lançado em Francês.
O lançamento do livro será na França. Haverá uma versão em português?
Alexandre de Maio – Ainda não.
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