O rapper Coruja BC1 apresenta show do álbum Psicodelic, terceiro de sua carreira, no dia 17 de outubro, quinta-feira, 21h30, na Casa Natura Musical.
No repertório, músicas como Um Acorde, Ogum e Camisa 12. A apresentação terá participação especial de Amiri, Luedji Luna, Diomedes Chinaski e Zudizilla.
Além do rap, que caracteriza o trabalho de Coruja BC1, o disco Psicodelic também percorre outros gêneros, como o trap, R&B e até samba, o que proporcionou uma entrega mais madura e mostrou a evolução musical do artista. Em seu trabalho, destacam-se discussões sociais, autocritica e ironia social.
Em Psicodelic, o artista tem como conceito-chave a saúde mental. A decisão veio a partir de um processo de depressão passado por Coruja BC1 após o lançamento tardio do álbum No Dia dos Nossos, que chegou ao público dois anos após ser escrito. Coruja conta que Psicodelic foi criado a partir da frase que sua babalorixá disse: “devemos tomar cuidado com a nossa mente. Ela arma, engatilha e atira”.
No álbum, ele reflete memórias, traumas, críticas, anseios e até momentos de amor vividos nesta fase, transformando solidão e depressão em rimas profundas e beats como forma de protesto. “Esse é um disco de autoanálise. Existe um mundo sombrio lá fora e como eu arrumo meu próprio mundo? Preciso estar bem e cuidar da minha saúde mental pra poder vencer”, conta.
Nascido no bairro Munhoz Jr, em Osasco, Gustavo Vinicius Gomes de Sousa – o Coruja BC1 – já sabia qual era a realidade de um jovem negro da periferia aos seis anos de idade, época em que presenciou um ato de violência brutal. Após testemunhar o pai sobreviver a seis tiros, sua família decidiu mudar-se para o interior de São Paulo, em Bauru, com esperança em uma vida com menos violência.
Em Bauru, passou a ter maior contato com a música, usando sua habilidade de rima e improviso para expressar suas lutas e o cotidiano que viveu na periferia de São Paulo. Assim nasceu Coruja BC1, nome que leva hoje como persona e marca, considerando o principal objetivo de sua arte a “busca pelo conhecimento em primeiro lugar”.
Em 2012, lançou seu primeiro álbum de estúdio, Até Surdo Ouviu, cujo vídeo de Não Posso Murmurar fez com que o rapper ganhasse destaque no mundo da música. Assim, navegando entre influências do samba, MPB e jazz, o cantor marcou seu nome como representante do rap nacional fazendo parcerias com grandes produtores e nomes importantes do cenário rap, como Emicida e Djonga, presentes em seus dois últimos álbuns de estúdio, No Dia dos Nossos, de 2017 e o recente Psicodelic.
“Preciso falar de coisas que falo, mas não do que todo mundo já sabe, falar de temas que vão conectar as pessoas a algo mais profundo do que o senso comum pode oferecer. Precisava ir mais fundo nos temas, para as pessoas verem muito mais que o Coruja da punchline e do egotrip. Quis fazer coisas que não esperam de mim mas eu sei fazer. Psicodelic é um disco na contramão do senso comum”, conclui o artista.
Coruja BC1 – Psicodelic
Dia 17 de outubro – Quinta-feira, 21h30. Abertura da casa: 20h
Ingressos: Pista Lote 1 – R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Pista Lote 2 – R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Pista Lote 3 – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Pista Lote 4 – R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia).
Classificação: 16 anos.
Duração: 90 minutos.
Capacidade: 710 pessoas.