domingo, 22 dezembro, 2024
Dudu de Morro Agudo e Henrique Silveira durante o seminário Pensando a Metrópole, da Casa Fluminense.

Enraizados inicia o mapeamento #BaixadaViva

Nova Iguaçu ocupa o 3° lugar estado no ranking dos municípios com maior número de assassinatos de jovens negros, ficando atrás de Duque de Caxias (2°) e do Rio de Janeiro (1°). Segundo dados da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), em 2010, do total de 321 pessoas assassinadas em Nova Iguaçu, 139 eram negros com idade entre 15 e 29 anos. Esse é um dos maiores problemas das periferias urbanas do Brasil e precisa receber a atenção da sociedade e dos governos.

O Movimento Enraizados está nessa luta há muito tempo e lançará o mapeamento #BaixadaViva, durante o evento Poetas Compulsivos (Mostra Brasil-França). O mapeamento é uma iniciativa do Enraizados, em parceria com a Casa Fluminense, que possui o objetivo de identificar os territórios com maior vulnerabilidade para a juventude negra e produzir informações que qualifiquem o diálogo dessas comunidades com o poder público, em especial no que se refere a implantação do Programa Juventude VIVA.

A primeira fase do mapeamento consiste na aplicação de um questionário simples para levantar a percepção dos jovens sobre o seu território, as formas de violência local e de engajamento social. As primeiras informações serão coletadas e sistematizadas, gerando um panorama sobre a percepção dos jovens sobre alguns bairros de Nova Iguaçu. A partir dessas informações, será possível planejar algumas atividades com esses jovens e envolvê-los nas discussões sobre as formas de superação da violência contra a juventude negra. Essa metodologia de mapeamento será disponibilizada para que possa ser replicada em outros bairros e cidades da Baixada Fluminense.

Sobre Henrique Silveira

em breve...

Além disso, veja

Mestrado no Enraizados: Apresentando o Rizoma

Uma questão frequente nas universidades é como disponibilizar o conhecimento produzido na academia para a sociedade, em especial para os movimentos sociais frequentemente utilizados como objeto de pesquisa.

Deixe um comentário