No ano de 2019, Dudu de Morro Agudo escreveu o Festival Caleidoscópio no edital Pontes 2020, afim de, se aprovado, realizá-lo no fim de 2020. O projeto foi aprovado, mas com a aprovação veio também a pandemia e a notícia de que tudo seria adiado por tempo indeterminado. Dudu então focou nas atividades sócio-culturais do Instituto Enraizados, pois acreditava que o festival não aconteceria mais. Foi quando recebeu uma nova proposta do Oi Futuro e da British Council.
Assim nasceu o Festival Caleidoscópio BRUK, num intercâmbio internacional entre Brasil e Reino Unido, o nascimento de uma amizade improvável entre Dudu de Morro Agudo e Mohammed Yahya.
Os últimos meses tem sido extremamente conturbados para a rapaziadinha do Instituto Enraizados, especialmente para o rapper Dudu de Morro Agudo.
Pra falar a verdade, desde o início da pandemia do novo (já não tão novo) Coronavírus, que eles vem produzindo uma série de atividades sócio-culturais juntamente com a juventude (alguns não tão jovens) que orbita o Quilombo Enraizados.
A doideira começou quando passou o meio do ano de 2020, foi aí que as coisas se acentuaram, principalmente por causa da possibilidade do recurso da Lei Aldir Blanc chegar pra auxiliar os agentes culturais da base. Realizaram uma força tarefa, com uma série lives, reuniões, videoaulas, etc… Era uma grande oportunidade de formar efetivamente uma série de novos produtores, comprar equipamentos e tirar um monte de ideias do papel e colocá-las, enfim, em prática, pra ganhar as “ruas”, ou melhor os canais da internet.
No mês de janeiro e fevereiro, o rapper, produtor cultural e doutorando em educação pela Universidade Federal Fluminense, coordenou, executou, ajudou e/ou produziu cerca quinze projetos simultaneamente, fruto desse empenho citado. Projetos dele, do Instituto Enraizados e de outros parceiros, a maioria financiado com recursos da Lei Aldir Blanc, do município de Nova Iguaçu.
“Está sendo um momento muito difícil, tenho trabalho incessantemente, mas sempre sonhei com esse momento, agora é hora de todo mundo colocar em prática o que aprendeu durante todos esses anos e adquirir mais conhecimentos”, afirma o rapper, que também é professor de produção cultural num curso que ele mesmo criou para formar novos produtores, o CPPEC, curso prático de produção de eventos culturais.
Mas tudo realmente se embolou no meio de campo quando ele recebeu um ligação do Oi Futuro e da British Council, onde faziam a seguinte pergunta:
Será que o Instituto Enraizados conseguem fazer o festival, consequentemente este intercâmbio, de forma virtual?
Dudu chamou a produtora (e sua filha) Imperatriz, o Samuca Azevedo, Gustavo Baltar, Higor Cabral e outros profissionais do Instituto Enraizados para ajudá-lo a pensar em cada detalhe desse novo formato do festival. Foi um momento tenso, que começou burocraticamente lá em junho ou julho de 2020 e só terminou (teoricamente) no dia 06 de fevereiro de 2021 (teoricamente, pois ainda estão prestando conta do projeto).
E é essa experiência, ou melhor, é esse ponto de vista do produtor que teve que se reinventar aos 45 do segundo tempo, que ele deseja passar para o público através desse minidoc chamado Caleidoscópio.Doc, que explica não somente o processo tenso e complexo, mas fala sobre como tudo está fortemente conectado com o conceito de festival escola que o Festival Caleidoscópio se propõe a ser desde a primeira edição.
Segundo DMA, coordenar uma grande equipe, liderar a curadoria, cumprir um cronograma hiper apertado não é tão complicado quando todos estão cientes do processo de ensinoaprendizagem que orbita o festival, e cabe a ele criar essa atmosfera de valorização de cada artista e profissional que ajudou a construir aquilo que ele chama de “o seu maior desafio”.
A ideia do minidoc surgiu ainda no processo de produção do festival, quando DMA conversou com Higor Cabral, responsável por toda a parte audiovisual do projeto, da possibilidade de se criar algo a partir dos vários gigabites de imagens que estava gerando.
– “Sim, é possível”, foi o que ele ouviu do amigo.
E hoje, a obra de cerca de 10 minutos, está nas ruas, ou melhor, no canal da Hulle Brasil, no youtube, aqui no Portal Enraizados, vai pro Instagram e Facebook. Então, seja em qual plataforma for, veja, entenda, compartilhe, se inscreva no canal, siga-nos e curta-nos.
Mas quem acha que as coisas param por aí, estão enganados, Dudu começa hoje também a nova turma do CPPEC, já pra ensinar cerca de 35 pessoas de todo o Rio de Janeiro, através da plataforma zoom, todos os macetes para produzir um festival como o Caleidoscópio.
A próxima edição do festival, que já tem data marcada, vai ser num formato muito parecido com o anterior, com muito audiovisual, lives, palestras e afeto.
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