Dudu de Morro Agudo em conversa com Zé Marcelo Zacchi, na Cinelância, há cerca de um mês, comentou da intenção do Movimento Enraizados em mapear a juventude da cidade de Nova Iguaçu, por conta do programa Juventude Viva, que é fruto de uma intensa articulação interministerial para enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, de 15 a 29 anos, principais vítimas de homicídio no Brasil.
Segundo tabela do próprio Governo Federal, Nova Iguaçu – cidade sede do Movimento Enraizados – é a terceira cidade do estado do Rio de Janeiro mais perigosa para um jovem negro morar e por isso, em breve, algumas ações de prevenção que visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica, serão implantadas na cidade pelo Governo Federal, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia; da oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio; e do aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.
Pensado nisso, o Movimento Enraizados decidiu realizar uma pesquisa para confrontar os dados oficinais e assim garantir que as ações sejam realizadas nas áreas que realmente precisam de atenção do governo.
Zé Marcelo Zacchi propôs então que ele, Gostavo Ferreira, Henrique Silveira e Vinicius Gentil fossem ao Espaço Enraizados para compartilhar a experiência que eles tiveram no projeto de mapeamento da UPP Social, utilizando a metodologia MRP (Mapeamento Rápido Participativo).
No sábado, dia 30 de março, eles chegaram no Enraizados e fizeram a oficina com um público seleto, formado por Luiz Carlos Dumontt, DMA, Samuca Azevedo, Bia Dias, Branca B, e os cinco Wikirrepórteres de Morro Agudo, Léo da XIII, Suellen Casticini, Marcelo, Marcele e Joana.
Salve família Enraizados.
Foi um encontro muito produtivo e prazeroso, com partilha de conhecimento e fortalecimento de vínculos. O desafio agora é construir uma metodologia para mapear as áreas mais violentas para os jovens negros. Com a produção de informações consistentes poderemos realizar um debate qualificado com os governos municipais para a implantação do programa Juventude VIVA.
Tamu junto nessa luta!
Positivo companheiro Henrique, estou empenhado nisso. Já fiz um artigo falando da relação do hip hop do Movimento Enraizados com o futuro da juventude negra da Baixada, talvez seja publicado no Jornal Extra essa semana.
As conversas estão aceleradas e estou contando com sua ajuda.
Comp@s,
compartilhar experiências e construir novas é um caminho! Tudo mostra que a construção desta é coleita boa no futuro. Abraço!