quinta-feira, 7 novembro, 2024
Galera que participou da oficina de mapeamento participativo.

Enraizados promoveu oficina de mapeamento participativo

Dudu de Morro Agudo em conversa com Zé Marcelo Zacchi, na Cinelância, há cerca de um mês, comentou da intenção do Movimento Enraizados em mapear a juventude da cidade de Nova Iguaçu, por conta do programa Juventude Viva, que é fruto de uma intensa articulação interministerial para enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, de 15 a 29 anos, principais vítimas de homicídio no Brasil.

Segundo tabela do próprio Governo Federal, Nova Iguaçu – cidade sede do Movimento Enraizados – é a terceira cidade do estado do Rio de Janeiro mais perigosa para um jovem negro morar e por isso, em breve, algumas ações de prevenção que visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica, serão implantadas na cidade pelo Governo Federal, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia; da oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio; e do aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.

Pensado nisso, o Movimento Enraizados decidiu realizar uma pesquisa para confrontar os dados oficinais e assim garantir que as ações sejam realizadas nas áreas que realmente precisam de atenção do governo.

Zé Marcelo Zacchi propôs então que ele, Gostavo Ferreira, Henrique Silveira e Vinicius Gentil fossem ao Espaço Enraizados para compartilhar  a experiência que eles tiveram no projeto de mapeamento da UPP Social, utilizando a metodologia MRP (Mapeamento Rápido Participativo).

No sábado, dia 30 de março, eles chegaram no Enraizados e fizeram a oficina com um público seleto, formado por Luiz Carlos Dumontt, DMA, Samuca Azevedo, Bia Dias, Branca B, e os cinco Wikirrepórteres de Morro Agudo, Léo da XIII, Suellen Casticini, Marcelo, Marcele e Joana.

Galera que participou da oficina de mapeamento participativo.
Galera que participou da oficina de mapeamento participativo.
Henrique dando o papo.
Henrique dando o papo.
Atenão total nas explicações.
Atenão total nas explicações.
Henrique exemplificando no mapa.
Henrique exemplificando no mapa.
Bate-papo
Bate-papo
Gustavo explicando sobre as técnicas aplicadas.
Gustavo explicando sobre as técnicas aplicadas.
Zé Marcelo explicando sobre o projeto.
Zé Marcelo explicando sobre o projeto.
Dudu de Morro Agudo explicando a respeito do encontro.
Dudu de Morro Agudo explicando a respeito do encontro.

Sobre Instituto Enraizados

O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, nossa "rede" integra hoje 17 organizações que compartilham conhecimento, capacitação e articulação para militância cultural nas periferias dos grandes centros. Lutamos pelo acesso a produção, a expressão e a valorização das diferentes manifestações culturais, fortalecendo o ativismo cultural e o protagonismo juvenil. O hip hop, o audiovisual, as rádios comunitárias e a produção de mídias são elementos que formam e fortalecem a ajuda mútua dos jovens envolvidos.

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Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como "Galo de Luta", compartilha sua jornada desde a infância até se tornar um ativista e artista de rap. Inicialmente apelidado de "Sete Galo" devido à famosa moto CBX 750, sua vida foi marcada por desafios e confrontos com a realidade da periferia. Inspirado por figuras como Mano Brown e Malcolm X, Paulo encontrou no rap e na leitura uma maneira de expressar suas ideias e buscar uma transformação pessoal e social. Apesar das dificuldades, sua busca por identidade e consciência o levou a se tornar o "Galo de Luta", um símbolo de resistência e luta por justiça social.

3 comentários

  1. Salve família Enraizados.

    Foi um encontro muito produtivo e prazeroso, com partilha de conhecimento e fortalecimento de vínculos. O desafio agora é construir uma metodologia para mapear as áreas mais violentas para os jovens negros. Com a produção de informações consistentes poderemos realizar um debate qualificado com os governos municipais para a implantação do programa Juventude VIVA.

    Tamu junto nessa luta!

    • Positivo companheiro Henrique, estou empenhado nisso. Já fiz um artigo falando da relação do hip hop do Movimento Enraizados com o futuro da juventude negra da Baixada, talvez seja publicado no Jornal Extra essa semana.
      As conversas estão aceleradas e estou contando com sua ajuda.

  2. Comp@s,

    compartilhar experiências e construir novas é um caminho! Tudo mostra que a construção desta é coleita boa no futuro. Abraço!

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