Toc! Toc! Toc! Dá licença meus senhores, sei que esse solo é sagrado, por isso chego com o devido respeito e pisando suave. Agradeço a oportunidade e a confiança do Sr. Dudu e do comparsa Átomo. Espero não decepcioná-los.
Bom, eu fiquei tentado a escrever sobre a Copa, FiFa, Dilma, PT, Black Blocs, manifestações e todos esses temas pertinentes no nosso contexto atual, mas pelo o que vi por aqui, tenho colegas mais competentes do que eu para escrever sobre essas demandas. Passo a vez.
Então, minha primeira crônica é uma pequena provocação para mim e para você.
Lembro-me sempre dos versos do B.Negão que diz: “a maioria se trocasse de lugar, faria o mesmo, mesmo que em escala menor”.
A polícia é corrupta e nós a odiamos por isso. Porém, nenhum maconheiro quer um policial honesto quando for pego com um baseado. É melhor perder R$ 50 conto, do que assinar o artigo 16 (usuário) ou quem sabe, até o 12 (tráfico), do código penal.
São as contradições das ideologias humanas, sempre com dois pesos e duas medidas.
Se eu não caibo no cristianismo e na direita por conta de suas corrupções conservadoras e coronelistas, quem dirá nessa esquerda caviar, escrota, contraditória e que usa o nome do povo para a luta, mas no fundo, luta pelo poder.
Triste coisa é ver as legitimas causas serem lutadas por gente de interesses inescrupulosos. Clamam por justiça, mas lutam por vingança! Clamam por liberdade, mas lutam apenas para que sejam feitas as vontades libertárias de seus umbigos.
Nossos heróis morreram de overdose, outros apertaram as mãos de ladrões por alguns minutos a mais na propaganda eleitoral. O que restou?
Restou à liberdade de quem não cabe mais em rótulos, em títulos e quintais. Restou apenas o caminho para caminhar.
A gente está sempre pronto pra ver o cisco no olho do outro, e quase nunca nos damos conta da pedra em nossos olhos. Para subvertermos essa cultura, é preciso de uma atitude radical de cada um. Afinal, quando a gente muda, tudo ao nosso redor muda também.
Sem contar que quando apontamos , costumamos apontar pra outra pessoa o dedo indicador, mas esquecemos que há outros dedos nessa mesma mão acusadora, o polegar, por exemplo, aponta pra quem não tem nada a ver com isso e os dedos, médios, anular e mindinho apontam prá nós mesmo, quando mandamos o nosso indicador em direção a alguém, pois geralmente, estamos com as mãos fechadas.
A sabedoria divina, nos ensina sempre, de todas as formas possíveis, quanto mais prestamos atenção, mais aprendemos, ou nos emburrecemos, se formos na direção contrária.
Bem vindo, Comuna.
Grande abraço.