sexta-feira, 22 novembro, 2024

Ivana Bentes é a nova Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura

Hoje, segunda (12/01) é o dia da posse de Juca Ferreira no Ministério da Cultura. Diversos representantes da cultura carioca – e nacional – foram para Brasília participar do ato. Porém, uma outra notícia – tão boa quanto – pegou muitos de surpresa.

Ivana Bentes publicou no seu perfil no facebook que recebeu um convite do próprio Ministro para assumir a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

Veja abaixo o post de Ivana, na íntegra:

Amigos é com grande prazer que recebi e aceitei o convite do Ministro Juca Ferreira para assumir a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Trata-se de um desafio e uma honra encabeçar a Secretaria que elabora e executa o Programa Cultura Viva uma das maiores inovações em políticas culturais do Brasil e que criou os Pontos de Cultura.

Não poderia haver circunstância mais feliz para aceitar esse convite do que a volta do Ministro Juca Ferreira, que toma posse hoje aqui em Brasilia. Acompanhei as políticas do MinC como elaboradora no campo de Comunicação, como participante da rede dos Pontos, com a implantação do Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ, desde 2009, como Diretora da Escola de Comunicação (de 2006 a 2013) quando implementamos o Laboratório Cultura Viva e o Laboratório de Polícas Públicas da Cultura entre tantas ações, seminários, encontros, mobilizações.

Muito me orgulha ter aberto uma instituição pública, a Escola de Comunicação da UFRJ, para o ativismo cultural e os novos movimentos: as redes de midialivre, os coletivos e redes das periferias, a cultura digital.

O que mais me entusiasma, é poder contribuir, mesmo em um cenário político hostil, para uma virada de imaginário, a partir da cultura.

A cultura não é “luxo” nem “exceção”, é o modelo de mutação do trabalho precário em potência e vida. Nesse sentido, a cultura hoje é um processo transversal que impacta nas formas de produção de valor em todos os demais campos.

Não tem como pensar cultura separado de Comunicação e Midia também. A cultura, no seu viés antropológico, precisa de narrativas para circular, de linguagens.

O MinC de Juca Ferreira traz esse novo entendimento: que podemos, partindo da cultura, repensar questões decisivas como a valorização, apoio, sustentabilidade e ampliação da política dos Pontos de Cultura, dos Pontos de Cultura Indígenas, ações de formação dos movimentos urbanos, novas redes de produção audiovisual, de mídia, dos povos tradicionais, cultura digital, as linguagens urbanas e das artes.

Nem folclore engessado (o típico, o turístico e exótico), nem indústria cultural, simplesmente. O MinC pode e precisa se reconectar com o Ministério da Cultura com a a Educação, Comunicação, com os novos processos das redes e ruas, em que as cidades são os novos laboratórios de políticas públicas.
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Não será fácil, a luta dos movimentos da cultura está no cerne de uma dura disputa, de um embate vital, de interesses que conspiram contra a vida e contra a imaginação, mas é daqui mesmo, do Plano Piloto e do Eixão Imaginário, que vamos encarar esse embate. Da Diversidade e “Da adversidade vivemos!” (Hélio Oiticica).

Estamos no front, acredito que é possível lutar de qualquer lugar, de dentro e fora da Universidade, de dentro e fora dos Estados, de dentro e fora dos movimentos.

Conto com todos vocês nessa nova etapa de uma construção coletiva!

Sobre Instituto Enraizados

O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, nossa "rede" integra hoje 17 organizações que compartilham conhecimento, capacitação e articulação para militância cultural nas periferias dos grandes centros. Lutamos pelo acesso a produção, a expressão e a valorização das diferentes manifestações culturais, fortalecendo o ativismo cultural e o protagonismo juvenil. O hip hop, o audiovisual, as rádios comunitárias e a produção de mídias são elementos que formam e fortalecem a ajuda mútua dos jovens envolvidos.

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Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como "Galo de Luta", compartilha sua jornada desde a infância até se tornar um ativista e artista de rap. Inicialmente apelidado de "Sete Galo" devido à famosa moto CBX 750, sua vida foi marcada por desafios e confrontos com a realidade da periferia. Inspirado por figuras como Mano Brown e Malcolm X, Paulo encontrou no rap e na leitura uma maneira de expressar suas ideias e buscar uma transformação pessoal e social. Apesar das dificuldades, sua busca por identidade e consciência o levou a se tornar o "Galo de Luta", um símbolo de resistência e luta por justiça social.

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