Escritora, jornalista, e, para mim, arte-educadora. Jéssica Balbino é uma importante multiplicadora da cultura de periferia. Leva a arte de pensar com o seu conhecimento adquirido com pesquisas e vivências dentro da periferia, sua origem, sua casa.
Jéssica Balbino tem feito revolução nas salas de aula com a cultura marginal. Através de videoclipes, filmes e distribuição de material gráfico ela “invade” as instituições de ensino com o hip-hop. “Acho importante o hip-hop chegar às salas de aulas, até porque é uma cultura que abrange muitos elementos, como discotecagem, dança, música, artes plásticas e literatura. Eu busco passar um pouco disso tudo aos jovens da maneira como eles se sentem a vontade, no método pergunta-resposta, debate, sorteio de brindes, etc. ”, conta.
Na próxima quarta-feira (6), ela ministra uma oficina para os alunos do cursinho preparatório de vestibular Educafro. Esta é a segunda vez que Jéssica é convidada pelo jornalista e professor para um bate-papo com os estudantes.
Na sequência, a jornalista ministra uma oficina também no sábado (9), na Cia Bella de Artes, através do projeto Ciclo de Oficinas Culturais Juventude e Cidadania que nesta primeira edição do ano traz o hip-hop como objetivo educacional, tal ação é viabilizada pela Lei Municipal de Incentivo á Cultura de Poços de Caldas, com patrocínio da Alcoa.
O professor e cientista social Diney Lenon comenta a escolha do tema. “O hip-hop fala a linguagem dos jovens e vai bem ao encontro do que eles gostam de debater, que é a cultura urbana, da periferia, a voz dos pobres”, diz.
A jornalista faz uma conexão com São Paulo e traz ao público de Poços de Caldas o que está sendo produzido nos guetos da capital paulista. Em suas oficinas, acontece a exibição do videoclipe Um Brinde, que teve o lançamento oficial na cidade e já passou por 170 pontos no país e cinco no exterior Inglaterra, EUA, Portugal, Cuba e Guiné Bissau.
Serviço – Para saber mais sobre o trabalho de Jéssica Balbino, acesse o blog www.jessicabalbino.blogspot.com