sábado, 23 novembro, 2024

Livro Livre: Os livros que libertam

Ontem, dia 21 de julho de 2010, por volta das 11 horas, a convite do meu amigo e atual Secretário de Cultura de Nova Iguaçu, Écio Salles, fui participar de uma atividade na polinter de Nova Iguaçu.
No dia anterior eu havia participado de uma reunião que começou na casa do Dumontt, depois se transferiu para Posse e logo depois para o bairro Califórnia e durou até as tantas da madrugada, o que fez com que eu resistisse bastante a levantar da cama no dia seguinte, mas levantei e fui ao encontro do Écio.

O dia estava ensolarado e quando cheguei no Espaço Cultural Sylvio Monteiro encontrei uma equipe formada por Daniel Guerra, Moduan Matus, Lino, Nike, Julio Ludemir e as meninas do Jovem Reporter, e estavam todos se preparando para ir rumo a delegacia. A atividade que pretendíamos realizar era a doação de livros aos presos através do projeto Livro Livre, que tem esse perfil, abordar esporadicamente pessoas em algumas localidades e doar livros para que eles depois de lerem doem para outras pessoas.

Eu achei que seria mais um dia, mais um projeto. Ao mesmo tempo em que eu queria ver o resultado da atividade, também achava que já sabia o que veria e o que iria acontecer, isto é, uma atividade fria. Mas eu estava completamente enganado.

Não estou aqui para julgar o crime que aqueles caras cometeram, mas fiz e estou até agora fazendo reflexões importantes sobre a minha vida. Sobre cidadania. Direitos Humanos. Liberdade. Percebi então a importancia do livro naquele lugar.

Percebi que aqueles livros que deixamos para os presos era a liberdade deles.

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Sobre Dudu de Morro Agudo

Rapper, educador popular, produtor cultural, escritor, mestre e doutorando em Educação (UFF). Dudu de Morro Agudo lançou os discos "Rolo Compressor" (2010) e "O Dever Me Chama" (2018); é autor do livro "Enraizados: Os Híbridos Glocais"; Diretor dos documentários "Mães do Hip Hop" (2010) e "O Custo da Oportunidade" (2017). Atualmente atua como diretor geral do Instituto Enraizados; CEO da Hulle Brasil; coordenador do Curso Popular Enraizados.

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6 comentários

  1. Mano , por isso que tem que trocar ideias com os menor, bagulgo e muito loko mesmo,, ja pensou eu la dentro, Deus me livre rsrss

  2. Pode crer mano, eu tava observando as fotos dos manos dentro do “cadeião” e bate “mó” tristeza, “véi”.
    O lance é justamente o que o mano Léo falou: Tem que colar com os menores para que prevenir a situação.
    Remediar é uma parada difícil, quase impossível.

    PAZ

  3. Fico feliz por saber que no lugar em que moro, tem pessoas com atitudes louváveis como essa. Tenho um amigo que está lá e certamente essa ação somou na vida dele. Parabéns e em nome dele, obrigada.

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