Pé de breck sai fora jão não tente me parar
Quando a verdade vem à tona tentam me censurar
Meu povo tá revoltado chegado cansou de ser humilhado
Não vou fechar a boca não vou ficar calado
Análise só você tente entender
Em pleno século XXI somos escravos do poder
Nada mudou hey joe sentimos a seqüela
Hoje em dia as senzalas são os morros e favelas
Seguimos sendo escravo até que provem o contrário
Herdeiro do engenho hoje é mega-empresário
Acorrentando o funcionário em um mísero salário
Chibatada é ver o filho com fome em estado precário
Moderna escravidão de livre espontânea pressão
Pontual batendo cartão pra que não falte na refeição
Senão, a criança não aprende nada de barriga funda
E pra ajudar o aluguel do barraco vence na segunda
Guerreiro do Quilombo de Zumbi eu tô em punga
Foices e martelos a idéia que é profunda
Então segura abolição mental é a cura
O ódio e o veneno se mistura transformando em loucura
A nossa alforria não vem por uma assinatura sem valor
Um dia e da caça o outro e do caçador, o outro e do caçador
É nóis do gueto vivemo na periferia pagando um veneno
Linha de frente na Revolução mete o peito
Que bota a cara pra bater
É que nós é Vida Loka programado pra morrer
O bang tá desse jeito acabou o respeito
taxando de escravo os trabalhadores brasileiros
Senhor do engenho filho da puta com o rabo no dinheiro
De segunda a segunda de janeiro a janeiro
E nós aqui tentando sair do aluguel, ta cruel
Tirar os nossos planos do papel
Esperando em vão por uma princesa Isabel
Pra pra nos livrar de uma vez do gosto amargo do fél
Vai sonhando fião 13 de Maio é ilusão
Essa alforria depende é da nossa união
Chega de irmão contra irmão a guerra é contra a opressão
O sistema nos quer na palma da sua mão
E como marionete tentam nos controlar
E com o assistencialismo tão querendo nos comprar
No Brasil é desse jeito do Engenho eu te conheço
Sou Mara Sarva Truta o meu caráter não tem preço
É nóis do gueto vivemo na periferia pagando um veneno
Linha de frente na Revolução mete o peito
Que bota a cara pra bater
É que nós é Vida Loka programado pra morrer
Ainda vivemos em tempos de chibatadas. Escravidão virou emprego remunerado. Senhor de escravos virou patrão. Capitão do mato virou policial. Homem branco virou playboy. Escravo virou cidadão de renda modesta. Casa grande virou mansão. Senzala virou favela. Tronco e pelourinho se transformaram no sistema carcerário. E navio negreiro se converteu às viaturas da polícia.
SERVIÇO
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