sábado, 21 dezembro, 2024

MARGINAL GROOVE: novo projeto musical capitaneado por Dudu de Morro Agudo

“Se você ainda não ouviu falar de Marginal Groove, se prepare pra conhecer o groove mais marginal do Brasil”.

Isso é o que promete o rapper Dudu de Morro Agudo, que foi atração do Rock In Rio em 2019, festival onde foi criado e se desenvolveu o projeto Marginal Groove.

Mas afinal, o que é “Marginal Groove”? 

Dudu afirma que, além de um formato de show interativo e dinâmico, é também o nome do coletivo de músicos que se uniram em prol da experiência de criar e misturar novos sons e estilos musicais como rap, rock, trap, reggae, punk, samba rock, dentre outros.

“Em tempos de divisão, estamos remando contra a maré, e fortalecendo os laços pra dar nosso recado com mais intensidade e pluralidade”, afirma Rogério Sylp, um dos vocalistas ao lado de Dudu de Morro Agudo.

Pergunto se é igual B Negão e os Seletores de Frequência. Sylp confirma e complementa: – “É como se fosse Chico Science e Nação Zumbi. Sempre que Dudu de Morro Agudo se apresentar com banda, o show será Dudu de Morro Agudo & Marginal Groove”.

Essa história começou em meados de 2019, quando o rapper Dudu de Morro Agudo entrou para o time seleto de artistas que se apresentariam na edição deste ano do Rock In Rio, no palco do Espaço Favela. DMA, como também é conhecido, começou a montar seu time, pois tinha a ideia fazer umas novas versões das músicas do seu disco e montar um espetáculo que interagisse com o público.

Quem teve o prazer de assistir ao show no Rock In Rio talvez não fosse capaz de imaginar que aquele não seria o show originalmente pensado pelo rapper, como nos conta Dudu: – “A ideia era ter um diretor musical e artístico que definiria o formato do show e as músicas, mas o cara me deixou na mão. Então os próprios integrantes da banda começaram pensar nas músicas, enquanto eu pensava no formato do show. A gente queria uma parada bem marginal, misturando o orgânico da banda com o eletrônico do DJ”.

O primeiro a ser contactado pra integrar a equipe foi o DJ Dorgo, que já acompanha DMA nos shows, depois foi a vez do rapper Gustavo Baltar, que responsável pelas dobras com o pedal de efeitos, sonho antigo do DMA que também queria bailarinas no show, por isso convidou Rebeca Pereira, que já havia participado do show de lançamento do seu disco “O dever me chama”, na Pavuna, em 2018.

Inicialmente os músicos da banda Setor Bronx que o acompanharia no festival, contudo antes de fechar com a banda foi convidado a assistir a um ensaio da banda iguaçuana T-Remotto, formada por Rogério Sylp, Dom Ramon, Fábio Spycker, Ghile e Rafael Bertozzi, que havia acabado de fazer uma versão da música da “Juventude BXD”.

DMA ficou impactado com a energia do som e então perguntou ao Rogério Sylp se eles topariam participar do seu  show no Rock In Rio. Todos aceitaram e o bonde então foi crescendo. O último a ser chamado para compor a equipe do show foi o polivalente Mateus Cayuma, que assumiu a percussão.

Já nos primeiros ensaios as coisas começaram a fluir, segundo eles tudo era muito divertido. Logo apelidaram o coletivo de Marginal Groove.

Fizeram shows na Teatro Oscar Niemeyer, em Niterói, e na Praça de Morro Agudo, em Nova Iguaçu, antes de se apresentarem no Rock In Rio, onde foi um sucesso absoluto, rendendo uma crítica super positiva do jornalista e crítico musical Bernardo Araújo, no podcast “Ao Ponto”, do O Globo.

Depois do Rock In Rio fizeram show no Galpão 252, em Nilópolis.

Para 2020 Dudu de Morro Agudo promete dar um rolé pelo Brasil com a banda, começando por São Paulo. “A produtora Hulle Brasil tá trabalhando pra fechar uns shows no Rio e em São Paulo ainda nesse primeiro semestre. A banda é grande, são dez pessoas e mais a equipe, não dá pra ficar rodando pra cima e pra baixo toda hora porque requer uma logística enorme, mas já estamos fechando umas coisas bem legais”, afirma o rapper que, já tem uma grande experiência em turnês internacionais, com shows na Europa, Estados Unidos e América do Sul.

“Mas com banda é outra história”, finaliza Dudu.

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