Quase todo o conhecimento nasceu livre de regras, até esbarrar na ganância humana e se tornar um produto. Daí, quem não pode pagar por um diploma que ateste suas aptidões é considerado incapaz.
A filosofia, por exemplo, acredito que se nasce ou não se nasce filósofo, que todo o indivíduo que pergunta o “por que” das coisas, que reflete a respeito é naturalmente um filósofo.
A poesia também está nas gôndolas desse mercado, e é vendida como uma disciplina. Como se fosse possível ensinar alguém a ser poeta.
Essa acepção é até “aceitável” entre os que não professam fé em Deus, entretanto, isso ocorre igualmente no meio eclesiástico. Organizam um método de ensino, e o sacerdócio é condicionado a um anel de bacharelado, a vocação de nada mais vale.
Minha intenção não é descredibilizar o estudo dessas ciências, muito menos das que de fato carecem de base acadêmica. Ou alguém acha que eu faria uma cirurgia com um médico que tem apenas vocação? Amo o saber, acho que toda informação é válida. O que não tolero é a tentativa de vender o que é inato ao ser humano, o monopólio do saber.