De geração em geração.
O Hip-Hop me ensinou que você tem que saber e reconhecer quem veio e fez antes de você, porque muita gente que encontrou as portas fechadas, fizeram um grande esforço pra que hoje elas possam estar abertas.
É algo que se aprende na marra. É a regra 0, dentro de uma cultura que se comunica de uma forma peculiar. Não falo tecnicamente, pois cada artista desenvolve sua técnica, sua forma de expressar, sua forma de abordagem, mas me refiro aos valores da nossa cultura, que são passados de geração em geração, através da fala, da escrita, do som e movimentos. É o respeito que falta a muitos, a ignorância do ‘não conhecer’ ou ‘não saber o porquê’ disso ou daquilo.
Nessa semana, faleceu Nino Rap, um dos frontmans da banda Nocaute, que fez história dentro do Rap, do Rock, da cena musical da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro. Nossa cultura perde um grande artista; e penso comigo: Quantos da minha geração ouviram falar da banda Nocaute? Quantos tiveram o interesse de saber quem eram os caras?
Eles são os caras que encontraram as portas fechadas, numa época que não tinha espaço pra nossa cultura; mas botaram a cara a tapa e fizeram o nome deles. E hoje talvez muitos poussuem mérito dentro do Hip-Hop porque caras como Nino Rap fizeram algo em prol da arte deles e que, consequentemente fez com que outros levassem sua arte adiante tambem.
Rest In Power, Nino Rap