Atualmente estamos lidando com um dilema que afeta os coletivos e as mentes que querem fazer algo que venha a somar com a cultura como um todo; digo isto porque analisando um contexto de circulação cultural, vejo que ainda falta muito para estarmos realmente disputando um mercado que cada vez parece estar se fechando e que atende somente a uma parte dessa imensa massa de grupos e organizações de todos os segmentos.
Precisamos saber também avaliar se realmente estamos nos capacitando e se buscamos sair de nosso universo particular; temos vários exemplos individuais que estão se destacando no cenário e buscando sua autonomia, legal mas, e o grande número de iniciativas que sequer possuem um local para se organizarem?
O número de artistas que estão se lançando é imenso, a grande maioria de muita qualidade, nem nas décadas passadas em que os grupos eram mais ligados aos movimentos políticos eu vi tanta efervescência , mas eu vejo que vai muito além de praticar a sua arte, mas que se aproprie como uma ferramenta de inserção e reivindicação, e posicionamento social dentro de sua cidade, você sabe se seu município tem plano municipal de cultura? qual o orçamento dedicado a mesma? quem está de frente nesta pasta? como é o diálogo com as organizações? São essas e muitas outras questões que precisamos ter claro ou então sempre veremos os artistas locais sempre sendo deixados de lado para atender a interesses políticos de certos partidos.
Galera, um grande número de organizações que hoje estão solidificadas, começaram realizando suas atividades em parcerias com: escolas, igrejas, centros comunitários e até mesmo em espaços abandonados, basta saber quem está disposto a se comprometer e se jogar do abismo.