sábado, 23 novembro, 2024
Vinicius Terra, DJ Alfaiate e DMA

Quem movimenta o rap no Rio de Janeiro?

Tem muita gente fazendo o rap carioca se movimentar, são muitos os nomes e diversas as formas. Posso citar os caras da Cone Crew – mesmo com tanta gente falando mal – que estão com um trabalho estruturado e levando o rap carioca a vários cantos do Brasil; também o Filipe Ret, com a galera do Tudubom Records, que trouxeram uma legião de adolescentes para o estilo; a molecada mais nova como o Marcão Baixada e o Ualax MC, que inovam e se misturam, desconstruindo a idéia de bairrismo.

Tem uns caras que a muito tempo estão na ativa, e sempre se mantendo atuais, como o Slow da BF, o Marechal, o Átomo e o MV Bill, os dois últimos estão com álbuns novos, que diga-se de passagem, estão muito bons; existem outros que além de produzirem material musical a todo tempo, ainda encontram tempo para os eventos, que a meu ver são importantes, pois trabalham com o coletivo. Poderia citar o Pevirguladez, o Marcelo Dughettu e o Léo da XIII, todos esses produzem eventos de total importância para o estilo no estado, em diferentes regiões.

Tem um mano também que tá movimentando a cena carioca, o nome dele é Vinicius Terra. Um cara que está passeando por todo o estado do Rio de Janeiro e misturando todo mundo, inclusive já trabalhou com a maioria dos caras que eu citei acima. Essa é uma das características que acho mais interessante. Ele é o proprietário da “produtora Repprodutora”, tem uma visão diferenciada, com ele a parada é negócio mesmo, e isso vem somando muito para a propagação e inclusão do estilo em locais não conseguidos antes, assim como a geração de renda para os diversos artistas.

Eu mesmo participei de dois evento produzidos por ele esse ano, um foi no SESC e outro foi no SESI, ambos em Nova Iguaçu. Os dois foram muito bons e importantes, mas o do SESI, cujo o nome foi “Terra do Rap”, fazendo alusão ao nome do rapper e empresário, reuniu cerca de 100 alunos em um teatro para conversar e assistir uma apresentação de rap, que no caso foi a minha apresentação.

Mas esse evento percorreu diversas instalações do SESI por todo o estado do Rio de Janeiro e culminou com um grande evento que reuniu muita gente do rap carioca, inclusive o pai do hip hop, Afrika Bambaata.

Nesta matéria, tenho consciência que não citei muitos caras que também estão contribuindo para que o rap carioca chegue cada vez mais longe, ou melhor, que o rap carioca se mantenha aquecido. Mas é realmente essa a parte boa, pois seria triste se eu citasse apenas um ou dois nomes e dissesse que esses são os responsáveis por tudo o que está acontecendo. Hoje somos muitos e diversos.

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O Instituto Enraizados é uma organização de hip hop, nossa "rede" integra hoje 17 organizações que compartilham conhecimento, capacitação e articulação para militância cultural nas periferias dos grandes centros. Lutamos pelo acesso a produção, a expressão e a valorização das diferentes manifestações culturais, fortalecendo o ativismo cultural e o protagonismo juvenil. O hip hop, o audiovisual, as rádios comunitárias e a produção de mídias são elementos que formam e fortalecem a ajuda mútua dos jovens envolvidos.

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01 comentário

  1. Marcelo D2 não conta? Está aí na cena a milianos, achei que deveria ser citado como o Black Alien.

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