Neste domingo (19) eu passei em frente a agência da Caixa Econômica de Morro Agudo, onde tinha uma pá de gente lotando os caixas automáticos e a rua. Em uma rápida vasculhada de olhar levantei diversas hipóteses:
Hipótese 1: Assaltaram a agência: Descartei essa hipótese porque percebi que as pessoas que lá estavam não tinham aquele olhar de curiosidade, nem ficavam comentando a meia boca como se fosse alguma espécie de segredo, que é o padrão de comportamento utilizado por nós quando acontece uma merda federal daquelas que queremos falar, mas, ainda temos aquele medinho herdado dos nossos pais, por causa da ditadura, de falar alguma coisa que envolve o governo e os poderosos locais [político, polícia, matador, bandido, juíz etc].
Hipótese 2: Mataram alguém na agência: Desistí dessa hipótese também quando percebi que não tinha aquela correria e aquela cara de “deu merda geral” de curiosos, típicos de quando acontece alguma coisa envolvendo morte, tragédia, tsuname, cataclismos etc. [desculpe, estou tentando não escrever palavrão no post, mas, as vezes não fica bom, foi o caso deste parágrafo, se preferir onde eu escrevi “deu merda geral”, substitua por um palavrão que você achar mais adequado, use a criatividade que o post fica mais interessante]
Hipótese 3: Estão dando uma festa na agência: Essa é a hipótese mais, digamos, “bacana” [gíria de velho!], que eu pensei, ou alguém invadiu a agência pra dar uma festinha lá dentro, o que eu não duvido, pois em se tratando de Nova Iguaçu e das coisas que acontecem aqui, só pra você ter uma idéia aqui as calçadas não foram feitas para os pedestres se planta jardim, se estacionam carros, fazem extensões de casas e comércios – enfim tudo de ruim, os pedestres disputam as ruas com os carros; o governo chegou a ficar quase um mês sem pegar lixo na cidade; tem carro de som na rua até por volta de meia noite até de políticos, mesmo depois das eleições; enfim é uma sucessão de absurdos que se eu fosse ficar falando aqui, não caberia nessa coluna. Portanto essa hipótese não é tão alucinada assim, mas eu descartei-a também, pois não havia um som bem alto como é de costume aqui em tudo que é tipo de festa de rua.
Hipótese 4: Coincidência: Na falta de uma hipótese apropriada fiquei com essa mesmo, afinal as pessoas vão ao banco na hora que querem, vai que em um domingo de frio todos resolveram sair de debaixo de seus cobertores em casa para irem até a agência da Caixa sacarem um dinheirinho! Me pareceu que das hipóteses que eu levantei, essa era a mais apropriada.
Para a minha desilusão me deparei com a notícia de que as pessoas foram até a Caixa porque alguém ou melhor, um grupo político qualquer, espalhou a falsa notícia de que o Programa Bolsa família iria acabar e que o último dia de saques seria nesse domingo. Quanta maldade pode caber no coração de um político que em troca de tentar ferrar com o governo espalha uma notícia dessas para uma população que é manipulada o tempo todo por tudo que é grupo poderoso do nosso País. A chamada Mídia faz esse povo comprar, votar, xingar, amar em quem, o que e no que, os donos das emissoras de TV querem. Os políticos cagam e andam pra essa gente, dão o peixe e não ensinam o povo a pescar pra continuarem a merce de um bolsa isso e aquilo, um leite, um alimento ou uma benece qualquer de um governo que está lá para nos favorecer: pode ser uma vaga pra escola dos filhos, uma consulta médica, um saco de cimento, um churrasco na esquina e até mesmo pra continuar se “sentindo seguro” – Resumindo: Aqui tudo se troca por votos!
Enfim, depois de eu saber a verdadeira razão pela qual a população de Morro Agudo estava lotando uma agência da Caixa Econômica em pleno domingão, eu fui buscar notícias a respeito na internet [porque eu não assisto esse lixo de televisão que tentam nos empurrar guela abaixo, quando eu quero ver alguma coisa na TV eu mesmo procuro na Internet], e fui surpreendido novamente quando percebi que a página do Portal G1 – da Rede Globo, pelo que tudo indica CAIU, ou seja, foi raqueado e desviada para uma página de administração de projetos (http://pagesinxt.com/), eu não sabia se ria ou se chorava da situação, afinal, estamos falando de um dos grupos políticos mais poderosos do Brasil [se é que me entendem].
Finalizando o nosso papo, como dizia a minha vovó: “Quem tem a unha maior que suba na parede!” – Ou seja: Em briga de cachorro grande, tentar apartar ou torcer pra um lado, pode ser perigoso!
Paz, sempre!