O tema da coluna dessa semana seria outro, mas ontem a noite recebi a notícia que um amigo havia morrido; ao saber eu continuei do mesmo jeito, pareceu normal, o que não deixa de ser, levando em consideração que todos morreremos, mas não recebi a notícia da mesma forma que recebia a anos atrás, não fiquei chorando e me perguntando “por que?”, continuei com meus afazeres e fui dormir depois, o que me fez refletir, me fiz várias perguntas como:
Por que a morte de um amigo não me impactou?
Será que eu não me importava tanto com ele?
Será que eu sou um amigo tão ruim assim?
Será que eu já esperava por isso?
Será que me acostumei com a morte?
…
Mas ao escrever esse desabafo, percebi que todas as perdas que tive até hj, me impactaram do mesmo jeito, no final o sentimento predominante é sempre a saudade, cada um tem um jeito de lidar com a morte e esse jeito pode mudar com o tempo, porém o que nunca muda é esse sentimento. Hoje, 27 de julho de 2017, estou aqui escrevendo esse texto, chorando e pensando no meu mano Gabriel, pensando no tempo que não nos víamos, pensando no gelo que íamos tomar e nunca marcamos, pensando na esposa e no filho dele. Não vou dizer o quanto ele era bom, tudo que ele já fez, ou o porquê dele ser especial, mas vou dizer que vai fazer muita falta. Descanse em paz, meu irmão Gabriel!!!
E para encerrar, gostaria de pedir desculpa a todos os meus amigos, desculpa por não mandar uma mensagem, por não visitar, desculpa por não marcar aquele gelo, aquele churras ou aquele rolê, desculpa por não dizer sempre o quanto você é especial pra mim, por que você é! Eu já perdi tantos amigos que quando eu lembro a lágrima escorre e não tive oportunidade de dizer isso pra maior parte deles. Então se você me considera como seu amigo ou coisa do tipo, esse trecho é pra você.