A PAZ DO CAGAÇO.
Todos nós falamos dos cinco sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar) como se estivéssemos falando de todos os sentidos possíveis. Mas existem outros sentidos, que não falamos, e talvez, sequer reconheçamos como sentidos. Como não sou um grande estudioso, nem cientista, nem técnico ou coisa alguma sobre o assunto, tratarei desse tema usando um padrão próprio, assim definido:
1) SENTIDO DO EQUILÍBRIO – proveniente do aparelho vestibular, situado dentro do ouvido, o qual neste texto o chamarei de sexto sentido. Esse sentido, promove em nós a destreza de andar e nos manter de pé. Também é responsável pelo senso de direção que perdemos quando rodamos a cabeça durante um certo espaço de tempo – Não concordo com o termo, mas por falta de outro usarei esse mesmo.
2) SENTIDO DA INTUIÇÃO – que dizem proceder do chamado terceiro olho (chacra frontal). Neste caso, vale lembrar, aos mais velhos a novela da Janete Clair “Sétimo Sentido” – é mais ou menos por aí. Sabe aquela vontade de não ir naquela festa, de não fazer aquela vontade, de não pegar na direção do veículo, de não encontrar a namorada; e que se não obedecemos essa voz interior, é certo que nos daremos mal? É… isso é batata! Como se diz por aí.
3) SENTIDO DOS SENTIDOS: Neste texto assim o chamarei, já que ele tem o poder de interferir nos outros sentidos também, apesar de ser o último sentido abordado, nada perde em importância para os outros, talvez até seja o mais importante de todos, com poderes mágicos extraordinários, capaz inclusive de promover a paz mundial, no meu ponto de vista. Aqui o chamarei de Oitavo Sentido.
OS PODERES MÁGICOS DO OITAVO SENTIDO:
No Oriente esse sentido era desenvolvido para auxiliar na guerra e até na religião budista foi muito usado, principalmente pelo templo Shaolim, um dos berços das lutas de guerra da antiga China, que graças a manipulação hollywoodiana nós erroneamente chamamos genericamente de kung fu. Também foi usado com fins religiosos no desenvolvimento da religião hindú. É muito usado na prática de esportes, principalmente nas artes marciais e na medicina oriental. Algumas culturas a chamam de chi, outras de ki, ou de prana, kundaline, aura, tikoon, dança do fogo, e se pesquisarmos mais, certamente encontraremos outros nomes, para a mesma coisa. A força descomunal que vem de dentro de sei lá o que habita no interior das pessoas. Esse sentido milagroso que pode ser desenvolvido com muito treinamento, dedicação e esmero, também pode surgir como que por encanto no cidadão comum através do mais imprevisível e assustador dos sentimentos: O Medo.
Para explicar como pode um simples mortal, uma pessoa comum, sem nenhum preparo físico, mental, intelectual ou moral, poder como que por encanto acessar os poderes do oitavo sentido, levantarei dois exemplos, o primeiro é um caso hipotético, ou seja, não é real, mas é realista, e o outro, o segundo, um bem real, presenciado por mim a muito tempo atrás.
Ex1. Em uma dessas madrugadas escuras, em meio a uma rua deserta, você está andando apressadamente, afinal na madruga todos os gatos são pardos, quando de repente alguém vem correndo em sua direção e atirando. Bate aquele desespero, você corre feito um louco alucinado e aquela pessoa continua te perseguindo, você sente o coração quase que pular pela sua boca, não existe cansado, nem indisposição que faça você ficar parado naquela hora, parece inclusive que uma mão invisível está te empurrando pelas costas fazendo você correr cada vez mais. Apesar de todo o seu esforço o infeliz armado continua te perseguindo feito um louco, você entra numa rua e percebe que era um beco sem saída, na sua frente um grande e intransponível muro que mede pelo menos duas vezes o seu tamanho. Nessa ora meu caro é que o oitavo sentido é acionado, e o CAGAÇO fala mais alto. Sabe aquela força descomunal que rompe a barreira do real, do imaginável, do possível? Sabe aquele milagre que nasce das suas entranhas te fazendo, em alguns casos se cagar todo? Nesta hora não há muro grande o suficiente pra te deter. O fiofó aperta de um jeito que nem agulha passa, dá uma sensação de amargo na boca, sua veia da testa estica feito elástico, seu olhos vitrificam, véio, nada é mais importante do que a própria vida. Agora é tudo ou nada, não existe cerca de arame farpado que te faça parar, nem muro intransponível que te detenha do lado de cá, nem velocidade impossível de superar, nem força que te segure.
O medo associado com o desespero, e uma super carga de adrenalina na veia faz milagre que até o mais fanático dos crentes duvida.
Depois que o fiofó destranca, a adrenalina abaixa, e o suador passa, vem o amargo na boca e a caganeira, mas isso é uma outra história. O mais importante é que você está vivo, mesmo que a duras penas!
Ex2. Esse eu ví no trem quando eu vinha da estação de Engenheiro Pedreira para a de Comendador Soares (Morro Agudo) no ramal de Japerí, chegando na estação de Queimados, antes do trem parar eu vi uma família que estava se preparando pra entrar, pude ver na frente da pequena multidão um homem de baixa estatura, que pelo visto tinha mais cachaça por centímetro cúbico no sangue do que cabe em uma garrafa de 51. Bem, o trem parou, as portas se abriram, a multidão entrou com a delicadeza de uma manada de búfalos em fuga, quando o tumulto passou, eis que ouvi uma voz desesperada gritando ensandecida:_Meu marido, cadê meu marido, meu marido gente! Eu, em um primeiro momento caçoei da pobre moça, afinal já ví perderem de tudo em um trem, desde bijuterias a carteiras e até bolsas e embrulhos, mas marido era a primeira vez que eu ouvia algo semelhante. Os gritos foram ficando ainda mais desesperados, quando percebi que a coisa era mesmo sério, rapidamente formou-se uma força tarefa com todos os que estavam naquele vagão em busca do tal marido perdido, pois a mulher estava histérica, aí então que eu me lembrei daquela coisa pequena, roliça e com cachaça até a boca, não, não era a garrafa de 51, e sim o tal do marido da mulher. Alguém falou com ela: _Quando foi a última vez que a senhora viu ele? _Agora moço, ele estava ali na porta junto conosco pronto pra entrar! Pensei comigo: _Vai ver ele aproveitou a oportunidade dada pelos búfalos para fugir de sua algoz, no caso, a mulher histérica. Então alguém gritou da porta: _Tem alguma coisa ali embaixo! Apontando para o vão entre o trem e a plataforma. O cara havia caído lá embaixo, caraça! foi uma gritaria, um empurra-empurra, uma disputa bizarra entre os curiosos que correram pra ver a infelicidade do homem com aqueles que só queriam ajudar, vários seguraram a porta, enquanto toda a plataforma gritava pro maquinista não partir com a porta aberta, porque trem carioca que se presa, não tem essa de andar somente com as portas fechadas, eles até que tentam, um pouquinho só, mas se tem gente demais e não dá pra fechar as portas eles partem assim mesmo. Bem, resumindo tudo, conseguiram resgatar o homem daquele buraco, eu presenciei uma coisa impressionante, o homem tremia igual uma vara verde, ele não conseguia falar quase nada, apenas abraçava as filhas que estava com ele, e só dizia: _ Minhas filhas, minhas filhas, minhas filhas…! não parava de repetir e tremia e suava e chorava e escorria o nariz que misturava com suor que caia em cima das crianças, foi um festival de aberração, um forte odor de cachaça rapidamente se espalhou pelo vagão, todos olhavam estarrecidos e em menos de cinco minutos de agonia, a cachaça evaporou do sangue do homem, com aquele suador todo, a cachaça saiu rapidamente pelos poros do homem e evaporou no ar, parecia que estávamos dentro de um alambique, devido ao cheiro, mas o homem ficou bomzinho em questão de minutos, a forte carga de stress que ele passou causado pela super dosagem de adrenalina no sangue a aceleração do metabolismo e o cagaço (olha o oitavo sentido aí!…) transformou aquele homem de um bêbado em uma pessoa sem um pingo de álcool na veia. É um poder que nenhum dos outros sentidos tem. É milagre ou não é?
Pra encerrar o assunto e por um ponto final nessa história, está lançado as bases de uma nova tese dumoniana: A TEORIA DO CAGAÇO.
“A paz mundial somente será possível, quando todas as nações possuírem a bomba atômica”
Pode parecer uma grande bobagem para alguns, mas embasarei minhas afirmações em dois ditados populares:
(1) Quem tem cú apertado não faz trato com pica – ensinado pela minha falecida vovózinha.
(2) Quem tem cú tem medo – Esse eu aprendi na rua mesmo.
Algumas coisas a serem percebidas nesses ditados:
a. Notem a relação direta com o aparelho excretor, no caso o chamado ânus;
b. Lembra que um dos efeitos colaterais do oitavo sentido é justamente a diarréia?
c. Alguns exercícios que envolvem o desenvolvimento do ki são executados comprimindo-se o ânus afim de concentrar a força nos chacras baixos.
Agora vamos a lógica fria e calculista:
Veja bem, os ditados populares são verdades populares, resumos engraçados, em sua grande maioria, bem humorados, que dizem respeito a “normas gerais” de condutas seguidos pela maioria esmagadora da população. Além disso pensemos o sentido prático da coisa, os EUA só invadiram o Iraque porque eles não tinham bombas nucleares, vê se eles invadiram a Rússia ou a China.
No mundo de hoje, vão-se os Osamas e ficam os Obamas e é tudo nome árabe. E no Brasil pra quem ainda não havia percebido, LULA também é animal MARINHO…
Não se espante se chegar a conclusões que eles chamarão de teoria da conspiração, quando você perceber que “está tudo em casa!”.
Bye bye.
Dumontt e suas viagens pela órbita do pensamento frio. Gostei, mano!
Eu já passei adiante, li para uns amigos na faculdade hoje e vagabundo passou mal e depois ficaram dizendo: – É mesmo, é mesmo!!! É verdade!!!!
Hehehehe, achei foda!!!